Roberto de Queiroz
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ARTE/DP
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A ascensão econômica de Ipojuca teve
início com a chegada de Duarte Coelho Pereira a Pernambuco, devido à atividade
açucareira introduzida por ele no estado. Na época, a Capitania de Pernambuco cresceu
aceleradamente e, em apenas 40 anos, já contabilizava mais de 60 engenhos,
muitos deles localizados nas terras do município. A terra fértil e rica em
massapé, propícia para o plantio da cana-de-açúcar, o Porto de Suape e a Praia
do Porto (conhecida hoje como Porto de Galinhas) favoreceram esse crescimento.
Atualmente, Ipojuca tem o turismo como
um de seus principais fatores econômicos, por causa de suas praias, visitadas
por turistas de todo o mundo. A rede hoteleira e a gastronomia também estão entre
os fatores responsáveis pela ascensão econômica do município.
Mas o Porto de Suape é o carro-chefe
dessa ascensão. Foi pensado há algumas décadas para substituir o Porto do
Recife, que não tinha espaço para se expandir nem condições de corresponder às exigências
do crescente movimento do transporte marítimo. Associada a essa necessidade, se
desenvolveu a ideia de construir um novo porto e um distrito industrial capaz
de promover o desenvolvimento de Ipojuca e do Nordeste. Daí, nasceu o Complexo
Industrial Portuário de Suape, baseado na integração porto-indústria, a exemplo
de países como França e Japão.
(Artigo publicado no Diario de Pernambuco, 25/09/2014, Opinião, p. A8)