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quarta-feira, 30 de março de 2011

Uma cassação inaceitável

Roberto de Queiroz

Li, com riso e espanto, o artigo “Uma cassação inaceitável”, nesse jornal, de Nelly Carvalho. Artigo esse que aborda uma portaria do governador de Brasília, José Roberto Arruda, proibindo o uso de gerúndio na linguagem burocrática. Algo que, segundo ela, muitos professores de português já fizeram. Ora, no caso dos professores de português, em vez de proibirem o uso de gerúndio, eles deveriam fazer referência à forma das orações adjetivas: desenvolvidas (iniciadas por pronome relativo e com verbo flexionado) e reduzidas (sem pronome relativo inicial e com verbo no infinitivo, gerúndio ou particípio). Quanto ao governador de Brasília, creio que está metendo o nariz onde não deve. Mas o que tal atitude pode trazer à baila? Excesso de poder, abuso de autoridade ou...?

Jornal do Commercio, Recife, PE, 30/11/2007, Cartas.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Brasil pretende importar um programa de educação americano

Roberto de Queiroz

Puxa! O Brasil pretende importar um programa de educação americano? Importamos a música, a cultura, por que não a educação? Só nos resta saber se um programa americano atenderia às nossas necessidades educacionais. A realidade americana é outra. Ora, em vez de importar tal programa, o governo deveria se preocupar em reduzir o índice de salas superlotadas, a falta de professores e oferecer aos alunos e docentes condições mínimas para a realização de atividades de ensino/aprendizagem, como bibliotecas, cedetecas, devedetecas, laboratórios de ciências, de informática, de línguas, quadras poliesportivas e assim por diante. Além disso, discordo da expressão “a equipe escolar deve (...) passar por um programa de reciclagem” caso os alunos não apresentem bom desempenho, uma vez que se recicla lixo, não pessoas. Em se tratando de professores, estes devem ser capacitados e bem pagos.

Jornal do Commercio, Recife, PE, 23/09/2007, Cartas.