O Natal é celebrado anualmente em alusão ao
aniversário de nascimento de Jesus. A Igreja Católica comemora a data em 25 de
dezembro, e a Igreja Ortodoxa, em 7 de janeiro. Porém essas não são as
prováveis datas do nascimento de Cristo. Quando Ele nasceu,
“havia pastores que
estavam nos campos próximos e durante a noite tomavam conta dos seus
rebanhos” (Lucas
2:8).[1]
“Isso nunca aconteceu na Judeia durante o
mês de dezembro: os pastores tiravam seus rebanhos dos campos em meados de
outubro e os abrigavam para protegê-los do inverno que se aproximava, tempo
frio e chuvas” (CLARKE, 1977, p. 370).
A festa do Natal não estava inclusa entre as primeiras festividades da
Igreja Católica. Os primeiros indícios dessa festa são provenientes do Egito.
Naquele país, os costumes pagãos relacionados com o princípio do ano se
concentravam na comemoração do Natal. Ademais, de acordo
com Orígenes, um dos chamados pais da Igreja, não se vê nas Escrituras ninguém que haja
celebrado uma festa ou um grande banquete no dia do seu natalício. Somente os
pecadores – como Faraó e Herodes – festejaram com grande regozijo o dia em que
nasceram neste mundo (ENCICLOPÉDIA CATÓLICA POPULAR, 2005).
No século III d.C., a
Igreja Católica adaptou a data para permitir a
conversão dos povos pagãos sob o domínio de Roma. Assim, o dia 25 de
dezembro foi adotado, a fim de que a data coincidisse com uma festividade
romana dedicada ao nascimento do Deus Sol, no solstício de inverno. E, ao longo do tempo, o Natal passou a envolver costumes – hoje
modernizados – que incluem troca de presentes e cartões, ceia de Natal,
músicas natalinas, festas de igreja, refeição especial e exibição de decorações
diferentes, incluindo árvores de Natal, pisca-piscas, guirlandas, visco,
presépios e ilex. Outrossim, o Papai Noel –
ou Pai Natal – é uma figura mitológica popular em muitos países, associada aos presentes infantis.
(Artigo
publicado no Diario de Pernambuco, 27/12/2013, Opinião, p. B7)