Estratégias de seleção: permitem que o leitor se atenha aos índices úteis, desprezando os irrelevantes. Ao ler, fazemos isso o tempo todo: nosso cérebro “sabe”, por exemplo, que não precisa se deter na letra que vem após o “q”, pois certamente será o “u”; ou que nem sempre é o caso de se fixar nos artigos, pois o gênero está definido pelo substantivo.
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Estratégias de seleção: permitem que o leitor se atenha aos índices úteis, desprezando os irrelevantes. Ao ler, fazemos isso o tempo todo: nosso cérebro “sabe”, por exemplo, que não precisa se deter na letra que vem após o “q”, pois certamente será o “u”; ou que nem sempre é o caso de se fixar nos artigos, pois o gênero está definido pelo substantivo.
Estratégias de antecipação: tornam possível prever o que ainda está por vir, com base em
informações explícitas e em suposições. Se a linguagem não for muito rebuscada
e o conteúdo não for muito novo, nem muito difícil, é possível eliminar letras
em cada uma das palavras escritas em um texto, e até mesmo uma palavra a cada
cinco outras, sem que a falta de informações prejudique a compreensão. Além das
letras, sílabas e palavras, antecipamos significados. O gênero, o autor, o título
e muitos índices nos informam o que é possível que encontremos em um texto.
Assim, se formos ler uma história de Monteiro Lobato chamada Viagem ao céu, é
previsível que encontremos determinados personagens, certas palavras da
astronomia e que, certamente, alguma travessura
acontecerá.
Estratégias de inferência: permitem captar o que não está dito no texto de forma explícita. A
inferência é aquilo que “lemos”, mas não está escrito. São adivinhações
baseadas tanto em pistas dadas pelo próprio texto, como em conhecimentos que o
leitor possui. Às vezes, essas inferências se confirmam, e, às vezes, não; de
qualquer forma, não são adivinhações aleatórias. Além do significado, inferimos
também palavras, sílabas ou letras. Boa parte do conteúdo de um texto pode ser
antecipada ou inferida em função do contexto: portadores, circunstâncias de
aparição ou propriedades do texto. O contexto, na verdade, contribui
decisivamente para a interpretação do texto e, com frequência, até mesmo para
inferir a intenção do autor.
Estratégias de verificação: tornam possível o controle da eficácia ou não das demais
estratégias, permitindo confirmar, ou não, as especulações realizadas. Esse
tipo de checagem para confirmar – ou não – a compreensão é inerente à leitura.
Utilizamos
todas as estratégias de leitura mais ou menos ao mesmo tempo, sem ter
consciência disso.
Fonte: <http://www.ufpi.br/mesteduc/eventos>
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