O escritor italiano Ítalo Calvino (1923-1985) diz que “ler é
um ato de liberdade, mas para quem já [...] foi formado pela escola como
leitor. Ou seja, o espaço escolar é o lugar da experimentação e esta se dá à
medida que o aluno é desafiado a ler textos que passaram pelo critério de
qualidade do professor e/ou que atendem a algum objetivo, cuja realização se
faz necessária”. Em suma, pedir simplesmente que os alunos leiam um texto
qualquer, sem a análise criteriosa e sem o planejamento prévio do professor, é
coisa que pode parecer aula de leitura a um desavisado, mas, obviamente, não
corresponde aos critérios de leitura como conteúdo em sala de aula. Defendo a
ideia de que a leitura de textos literários na escola pode ser uma leitura sem
amarras (uma leitura que seduz e encanta o leitor e induz ao gostar de ler),
mas a mediação do professor desempenha um papel fundamental.
(Texto
publicado no Diario de Pernambuco,
12/05/2013, p. B10)
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