A Copa nem bem começou, mas seu legado já está
claro: mostrar ao povo brasileiro que a verba que poderia ser usada na
educação, na saúde, na segurança e no sistema mais amplo de mobilidade urbana
foi usada para a construção de magníficos estádios de futebol (tão
imponentes e suntuosos que trocaram o prosaico nome de “estádio” pelo epopeico
nome de “arena”). Conclusão: se o governo tivesse interesse de construir
magníficas escolas, teria construído; se tivesse interesse de construir
magníficos hospitais, teria construído; se tivesse interesse de construir
magníficas estradas, teria construído. O fato é que não tem. Sabe-se bem por
que motivos.
(Roberto de Queiroz, Folha de Pernambuco, 28/06/2014, p. 7)
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