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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Escolas sem bibliotecas

Alguns teóricos educacionais dizem que as atividades de leitura e escritura têm sido trabalhadas na escola de forma isolada e descontextualizada, isto é, sem que se leve em conta suas condições de produção (quem lê/escreve, para quem, com que objetivo, lugares sociais dos interlocutores, etc.). Esses teóricos, porém, não atentam para o fato de que o ensino e a aprendizagem de leitura e escritura também estão relacionados ao espaço físico da escola. E esse espaço inclui prioritariamente biblioteca. Mas em muitas escolas das redes municipal e estadual de Pernambuco (e por que não dizer do Brasil?) não há bibliotecas. Em algumas delas, os livros são amontoados em armários, fechados em depósitos, o que, na verdade, está muito aquém de surtir o efeito de uma biblioteca, tanto do ponto de vista do espaço físico quanto do valor semântico-pragmático dos vocábulos armário e biblioteca, no tangente ao incentivo à leitura e à escritura.

(Texto publicado no Diario de Pernambuco, 07/06/2003, Cartas à redação, p. B6)

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