Alguns
teóricos educacionais dizem que as atividades de leitura e escritura têm sido
trabalhadas na escola de forma isolada e descontextualizada, isto é, sem que se
leve em conta suas condições de produção (quem lê/escreve, para quem, com que
objetivo, lugares sociais dos interlocutores, etc.). Esses teóricos, porém, não
atentam para o fato de que o ensino e a
aprendizagem de leitura e escritura também estão relacionados ao espaço físico
da escola. E esse espaço inclui prioritariamente biblioteca. Mas em muitas
escolas das redes municipal e estadual de Pernambuco (e por que não dizer do Brasil?) não há bibliotecas. Em
algumas delas, os livros são amontoados em armários, fechados em depósitos, o
que, na verdade, está muito aquém de surtir o efeito de uma biblioteca, tanto
do ponto de vista do espaço físico quanto do valor semântico-pragmático dos
vocábulos armário e biblioteca, no tangente ao incentivo à leitura
e à escritura.
(Texto publicado no
Diario de Pernambuco, 07/06/2003, Cartas à redação, p. B6)
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