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sábado, 11 de janeiro de 2025

Alfabetização e letramento na era digital

 Roberto de Queiroz

Este texto tem como título o tema que exploro em meu livro intitulado “A Educação Básica e a Era Digital: alfabetização e letramento na cibercultura” (Editora Dialética, 2024). Nesse livro, eu falo a respeito da importância das tecnologias digitais no processo de ensino e aprendizagem, analisando a interação entre práticas de alfabetização e letramento no universo tecnológico contemporâneo. Com o intuito de aprofundar esta discussão, compartilho aqui a perspectiva de quem já leu o livro mencionado.

Para a professora Zoraia da Silva Assunção (UFRN), trata-se de uma obra que tem relevância para a área da educação pela contribuição dada sobre os conceitos de alfabetização e letramento na era digital. A fundamentação teórica é atualizada e consistente, trazendo os principais autores da área e sendo coerente com a metodologia e os objetivos propostos. Assunção conclui enfatizando que “o autor se envolveu com todo o processo, assumindo responsabilidade pelo projeto. E, quanto à criatividade, ele demonstrou ultrapassar as abordagens convencionais no que se refere ao conteúdo do projeto e à metodologia.”

O professor Glauco Ortolano (Universidade de Montana), por sua vez, afirma que aprecia muito o esforço do autor “em produzir uma obra voltada à educação, principalmente sobre um tema tão pertinente nessa era onde muitos criticam essa nova geração por estar tão apegada aos aparelhos eletrônicos, como se a culpa fosse dela”. Ortolano finaliza dizendo que o livro é “muito objetivo, com o autor encarando a realidade atual de forma a apresentar essas ferramentas como algo inovador e extremamente valioso na alfabetização e letramento dos novos alunos”. É importante destacar que Ortolano faz parte de uma equipe da universidade citada que está desenvolvendo um currículo para alfabetização on-line em idiomas estrangeiros. Um tema semelhante ao do livro em questão.

Não existe uma metodologia única para alfabetizar e letrar os estudantes, seja no contexto digital ou fora dele. O purismo metodológico é irrelevante. O professor deve ter liberdade para aplicar na sala de aula as metodologias que se adéquem melhor às suas particularidades e às da turma em que leciona. Mas, para tanto, ele deve ter embasamento teórico e prático sobre o assunto e a metodologia que deseja aplicar em determinado contexto de sala de aula. É esse caminho que procuro construir, percorrer e partilhar com meu livro “A Educação Básica e a Era Digital: alfabetização e letramento na cibercultura”. Sua leitura é indicada para professores, estudantes de Pedagogia, Psicopedagogia, Letras e qualquer pessoa que tenha interesse no tema em discussão.

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

A origem do Natal

Roberto de Queiroz

O Natal é celebrado todos os anos para marcar o aniversário do nascimento de Jesus. A Igreja Católica celebra a data em 25 de dezembro; e a Igreja Ortodoxa, em 7 de janeiro. Porém essas não são as datas prováveis do nascimento de Cristo. Quando Ele nasceu, “havia pastores que estavam nos campos próximos e durante a noite tomavam conta dos seus rebanhos” (Lucas 2:8, NVI). “Isso nunca aconteceu na Judeia durante o mês de dezembro: os pastores tiravam seus rebanhos dos campos em meados de outubro e os abrigavam para protegê-los do inverno que se aproximava, tempo frio e chuvas” (Clarke’s Commentary, 1977, p. 370).

A celebração do Natal não estava entre as primeiras festividades da Igreja Católica. Os primeiros indícios dessa festa vêm do Egito. Naquele país, os costumes pagãos relacionados ao início do ano foram concentrados na celebração do Natal. Além disso, de acordo com Orígenes, um dos chamados pais da Igreja, não se encontra nas Escrituras ninguém que tenha realizado uma festa ou um grande banquete em seu aniversário. Somente os pecadores – como Faraó e Herodes – comemoravam com muita alegria o dia em que nasceram neste mundo (Enciclopédia Católica Popular, 2005).

No século III d.C., com o objetivo de promover a conversão dos povos pagãos sob o domínio de Roma, a Igreja Católica adaptou a data da celebração do Natal. A fim de que essa data coincidisse com uma festividade romana dedicada ao nascimento do Deus Sol, no solstício de inverno, foi adotado o dia 25 de dezembro. E, ao longo do tempo, o Natal passou a envolver costumes – hoje modernizados – que incluem troca de presentes e cartões, ceia de Natal, músicas natalinas, festas de igreja, refeição especial e exibição de decorações diferentes, incluindo árvores de Natal, pisca-piscas, guirlandas, viscos, presépios e pingentes de gelo.

O Papai Noel é uma figura mitológica, popular em muitos países e associada aos presentes infantis. A troca de presentes e muitos outros aspectos das festividades natalinas provocam um aumento nas atividades econômicas dos países que as realizam. Em resumo, o Natal – cuja origem vem da implantação inteligente de estratégias de marketing da diretoria da recém-organizada Igreja Católica do século III d.C., a qual pegou carona em um festival pagão – tornou-se um dos períodos-chave de vendas para empresas e varejistas. O impacto econômico da época é um fator que tem crescido de forma constante nos últimos séculos em regiões diferentes do mundo.

(Artigo publicado no jornal Diario de Pernambuco, em 27/12/2013, Opinião, p. B7; e no jornal Folha de Pernambuco, em 24/12/2024, Opinião, p. 14, com revisão do autor).

sábado, 23 de novembro de 2024

Os malefícios das garrafas long neck

Roberto de Queiroz

Estudos mostram que as garrafas de vidro long neck (ou one way) são feitas de um material que leva cerca de 5.000 anos para se decompor, não são reutilizáveis e, obviamente, vão parar no lixo. Essas garrafas têm um impacto no solo catorze vezes superior ao das latas de 710ml, consomem quatro vezes mais água e têm uma pegada de carbono nove vezes superior à das latas em citação.

Além dos malefícios ambientais listados acima, as garrafas long neck são responsáveis por vários outros: elas se quebram facilmente e, se forem descartadas de forma incorreta, podem ferir pessoas; geram um volume enorme de resíduos, o que constitui um problema para as cooperativas; entre outras coisas. Em suma, elas não têm nenhuma utilidade para quem quer apenas beber uma cerveja gelada.

Mas por que as garrafas long neck não são retornáveis? Porque a indústria do vidro modificou a composição química dessas garrafas para que elas pudessem competir com as latas de alumínio. Todavia, o resultado compromete a resistência das garrafas em questão, fazendo com que elas não possam ser devolvidas para enchimentos futuros. Quer dizer, ao contrário das garrafas clássicas de 600ml, as garrafas long neck não podem ser reutilizadas.

Em alguns estados brasileiros (como Paraná e Minas Gerais), há leis estaduais que tratam da obrigatoriedade da coleta, armazenamento e destinação final de embalagens de vidro não retornáveis modelo long neck (ou one way) pelos seus fabricantes, fornecedores e revendedores. Há registro também da existência de tais leis no âmbito municipal em alguns municípios brasileiros (a exemplo de Corumbá/MS e Belém/PA); entre outros estados e municípios.

Os malefícios causados pelas garrafas long neck é um tema urgente. E o descarte correto desse tipo de embalagem não pode nem deve ser negligenciado por estados e municípios. É preciso que estes elaborem e implementem leis que obriguem fabricantes, fornecedores, revendedores e consumidores de cerveja em garrafas long neck a coletar, armazenar e fazer a destinação final correta desses recipientes tão nocivos ao meio ambiente.

No entanto, o melhor mesmo seria elaborar e pôr em prática uma lei que proibisse a venda de bebidas nesse tipo de embalagem. É inadmissível que em pleno século XXI, e se tratando de resíduos tão nocivos ao meio ambiente, ainda existam empresas que não tenham um planejamento de descarte desse tipo de resíduos. Melhor dizendo, é surreal que neste século ainda existam empresas que produzam algo em larga escala sem se preocupar com os resíduos gerados.

domingo, 11 de agosto de 2024

Segurança on-line na escola

Roberto de Queiroz

Os estudantes de hoje estão tão imersos no ambiente on-line que não precisam mais aprender o que é a internet nem como usá-la. Mas, embora essa introdução ao universo da web já tenha sido estabelecida, é deveras relevante criar um protocolo de orientação para explicar como funciona a segurança na web e garantir a segurança on-line na escola.

internet é uma ferramenta que fornece muitos recursos que tornam o processo de ensino e aprendizagem mais dinâmico e mais atrativo, todavia ela também tem um lado negativo. Seu uso excessivo e indiscriminado pode fazer com que os jovens usuários se comportem de forma agressiva, tenham dificuldade para concluir tarefas e percam o interesse pela escola.

Há vários recursos e estratégias que podem ser usados para tornar o acesso à internet mais seguro na escola. Uma estratégia educacional que, sem dúvida, ajudará a promover o controle de riscos para os envolvidos nesse contexto é a capacitação dos professores. 

É muito importante que os professores estejam preparados para lidar de forma transparente com questões de segurança no ambiente on-line. Essa nova geração de estudantes está crescendo com muita liberdade de acesso a ambientes digitais, tanto para buscar entretenimento quanto para obter informações sobre assuntos variados, e os professores precisam ser capazes de tirar suas dúvidas e orientá-la sobre o uso correto e seguro da internet.

internet tem riscos, é verdade, porém não é inimiga da escola. Ela é uma aliada potencial e pode proporcionar melhoria nos índices de aprendizagem dos estudantes. No entanto, para que isso aconteça, é essencial que os professores estejam preparados para entender as dificuldades dos estudantes, esclarecer suas dúvidas e estabelecer um código de conduta para o uso inteligente e seguro dessa ferramenta.

(Artigo publicado no jornal Folha de Pernambuco, em 06/08/2024, Opinião, p. 13.)

quarta-feira, 24 de julho de 2024

A Educação Básica e a Era Digital: Alfabetização e Letramento na Cibercultura

Roberto de Queiroz

Neste livro, o autor busca discutir algumas implicações do uso de tecnologias digitais na educação básica, analisando concepções e práticas de alfabetização e letramento no contexto da cibercultura.

Para adquirir a obra, clique no link abaixo.

https://loja.editoradialetica.com/loja/produto.php?loja=791959&IdProd=1244254573&iniSession=1&hash=757956603

sábado, 19 de agosto de 2023

Educação integral e formação humana

Roberto de Queiroz

Estou entre os autores que tiveram artigos selecionados para compor o livro “Educação integral: a formação humana em suas múltiplas dimensões”, publicado pela Secretaria Municipal de Educação do Ipojuca, em agosto de 2023, em conformidade com o Edital nº 06/2023.

Os artigos selecionados para compor este livro dialogam com quatro eixos temáticos: I – Formação Docente e Formação Humana; II – Tecnologias Educacionais; III – Projetos, Práticas e Saberes Docentes; IV – Políticas Educacionais e Currículo.

Meu artigo dialoga com o eixo III supramencionado e tem por título “Currículo e tecnologias digitais: interatividade e inovação no contexto da pandemia da Covid-19”. 

Parabenizo a comissão organizadora pela lisura do processo, pela condução eficiente deste e pela escolha assertiva da equipe técnico-cientifica.

Parabenizo também os demais autores pela boa vontade em disponibilizar seus artigos para que sejam compartilhados com outras pessoas.

E, por último, saliento que todos os autores são professores ativos da rede municipal do Ipojuca. Assim, eles não são meros expectadores do debate que vem sendo realizado em torno da educação, mas estão – como se diz popularmente – com a mão na massa.

Tudo isso faz com que o livro em tela configure um celeiro de produções de ideias e de conhecimentos.

domingo, 10 de outubro de 2021

“Maquiagem”, “maquilagem” ou “maquilhagem”?

O termo “maquilhagem” tem o étimo no francês “maquillage”. E, embora seja de uso corrente no português europeu, ele configura como verbete em dicionários de continentes distintos, a exemplo do Priberam (europeu) e do Dicio (latino-americano), em que é registrado como sinônimo de “maquiagem” e “maquilagem”.